O policial penal D.R.B., de 37 anos, foi preso preventivamente acusado de matar o pedreiro João Carvalho da Silva, de 45 anos, na madrugada do último domingo (6), no bairro Aeroporto, em Peixoto de Azevedo (a 197 km de Sinop). A Justiça manteve a prisão após audiência de custódia realizada nesta terça-feira (9) e determinou que o servidor fique em cela separada, na cadeia do próprio município.
O crime ocorreu na rua Zé do Ford, onde João foi encontrado baleado pela Polícia Militar. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu horas depois na unidade de saúde. No local, o policial penal se apresentou como autor do disparo e alegou ter agido em legítima defesa, afirmando que a vítima teria avançado contra ele com um facão.
Em depoimento, o policial ainda indicou à equipe da PM o ponto exato onde fez o disparo e a posição em que a vítima estava. Na sequência, ele deixou o local utilizando um veículo por uma rua paralela.
Conforme relatos da Polícia Militar, João estava em visível estado de embriaguez, o que impossibilitou os agentes de colherem sua versão dos fatos no momento do atendimento. No entanto, investigadores da Polícia Civil ouviram a esposa da vítima na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que apresentou vídeos gravados momentos antes da morte. Segundo ela, João relatou ter discutido com o policial penal próximo a uma tabacaria, e que, ao retornar para casa, foi seguido pelo servidor, culminando no disparo fatal.
A motivação do desentendimento ainda não foi esclarecida. Câmeras de segurança nas proximidades podem ter registrado o momento do crime. Cápsulas de munição também foram recolhidas na cena para análise pericial.
A Corregedoria da Secretaria de Estado de Justiça informou que instaurou um procedimento administrativo para apurar a conduta do servidor, que é lotado na unidade prisional de Peixoto de Azevedo.
João Carvalho foi velado na capela da cidade e sepultado na segunda-feira (8). Ele deixa três filhos, de 15, 11 e 3 anos.A
